Por volta das 21h00, uma adolescente de 16 anos de idade, e seu companheiro Ernildo Sousa Silva, de 18 anos de idade, compareceram ao Hospital de Turilândia/MA, com o corpo da criança Kethelyn Rodrigues, de 1 ano e 10 meses de idade, filha dela e enteada dele.
Segundo o casal, a criança teria caído de uma rede e batido a cabeça no chão. Entretanto, o médico plantonista constatou que o corpo da criança apresentava marcas, no pescoço, compatíveis com sinais de esganadura, ocasião em que acionou o conselho tutelar e a polícia militar, sendo o casal conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Santa Helena/MA, por volta das 22h30, para prestar os devidos esclarecimentos.
Ao tomar conhecimento do caso, o Delegado Regional de Pinheiro, Dr. Oséias Cavalcanti, determinou que o corpo da criança fosse encaminhado, imediatamente, para o Instituto Médico Legal de São Luís, para que fosse realizado o exame cadavérico pelo médico legista competente.
Ainda durante a madrugada, um investigador de polícia civil se dirigiu ao IML, em uma ambulância municipal, com o corpo da criança, o qual foi submetido a exame necroscópico, tendo o respectivo laudo pericial atestado como causa da morte a asfixia por esganadura.
Inicialmente, o casal negou, veementemente, a prática de qualquer ato de execução do homicídio da criança, mas, diante das fortes e inequívocas evidências, o padrasto da criança acabou por confessar o crime, durante seu interrogatório, na Delegacia Regional de Pinheiro.
Segundo o autor do crime, ele resolveu ceifar a vida da criança, apertando o pescoço dela com as mãos, enquanto ela dormia na rede, porque não gosta do pai dela e tem ciúmes da sua companheira, mãe da criança.
Ernildo Sousa Silva, padrasto da criança, foi autuado em flagrante delito, pelo cometimento do crime de feminicídio qualificado pelo motivo fútil, pelo emprego de asfixia e pela impossibilidade de defesa da vítima, podendo pegar até 30 anos de reclusão.
Após a lavratura do procedimento, o autor do crime foi conduzido para o Presídio Regional de Pinheiro, onde permanecerá, à disposição da Justiça.
A mãe da criança prestou depoimento e foi liberada, visto que, preliminarmente, a autoridade policial competente não vislumbrou nenhuma participação dela no cometimento do crime. Entretanto, as investigações continuam, no sentido de esclarecer os fatos em toda a sua extensão.

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